segunda-feira, 31 de março de 2008

Alguns gritaram e eu voltei!

Inspirada por blogs amigos resolvi aparecer por aqui novamente. Tenho que honrar o presente que ganhei (este blog) e a amiga que me deu, tenho que honrar os que às vezes aparecem por aqui (os amigos e intercessores) e tenho que honrar a Deus compartilhando um pouco do tanto que tenho vivido em terras distantes (muitas coisas)!

E nesse post quero contar uma experiência tão minha, numa noite onde apenas as lágrimas eram minhas companheiras no meu pequeno quarto novo. Na tentativa de melhorar minha habilidade com o temível inglês, há algumas semanas catei uns livros pra ler e fui me aventurando por uma trilha cheia de vocabulário novo. As palavras desconhecidas de "The Power of Crying Out" não me impediram de captar a essência da mensagem e eu podia aprender como clamar e orar ao Senhor é realmente poderoso. Mas alguma coisa estava no lugar errado ou, se assim posso dizer, não havia coisa alguma em lugar nenhum. Mais uma vez eu estava presa na teoria e no meu racionalismo bobo. Até que aquela recente madrugada chegou...

Ao tentar ir dormir, certamente acompanhada por uma canção como de costume, comecei a orar, talvez de forma até automática. Aquele tinha sido um dia não muito alegre, a noite estava mais obscura ainda. Em segundos veio o pranto e quem me conhece sabe que essa é sempre minha reação primária diante de qualquer situação (boa ou ruim); portanto nenhuma novidade até aí. A novidade surge quando, já de joelhos e sem pensar, estava eu "crying out to Jesus". Em meio ao choro haviam palavras, em meio as palavras havia um clamor. Não mais me importei se alguém de casa podia me ouvir ou se meu pranto pudesse incomodar, afinal o clamor era de fato pra ser ouvido (e bem ouvido), causando incômodo no diabo. Eu estava simplesmente começando a experimentar do que eu já havia lido - e digo que estava apenas começando porque só pude vislumbrar as barreiras caídas e toda a vitória conquistada no mundo espiritual algumas horas ou dias depois daquele momento catártico.

O que aconteceu comigo após isso tudo? Começo a ver, tocar e sentir as respostas daquela oração em alta voz. Aos poucos, aquelas coisas que não sabiam onde estavam começaram a entrar nos eixos. Coisas com significados mínimos e às vezes grandes em tamanho como o novo habitante do quarto: o guarda-roupa! Coisas com significados máximos e às vezes sem tamanho algum como uma atividade diária e remunerada: o suado trabalho! E isso não é e nem foi tudo, algumas outras coisas com tamanhos ou significados difíceis de serem mensurados também vieram, já algumas outras sei que estão a caminho!

Na minha necessidade de explicação para todas as coisas percebi que quando clamamos em alta voz não só nosso Deus ouve, mas declaramos diante de anjos e demônios, atingindo céus e inferno. O nosso clamor, inspirado pelo próprio Deus, é poderosamente grande e poderoso (salvo a redundância) afim de abalar todas as estruturas.

Mas preciso fazer uma observação (e como o próprio livro diz): Deus vai te ouvir, seja sussurrando, chorando, clamando, gritando, berrando... E Ele vai te responder! Mas cuidado porque isso tudo não é uma fórmula mágica, isso envolve fé e singeleza de coração. É um fluir natural de uma relação de amor com um Deus que ouve!

Quer um testemunho mais prático do que eu estar aqui escrevendo novamente? Sim, alguns gritaram e eu voltei... mas por enquanto voltei apenas pro mundo do blog, a data de voltar pro meu cotidiano brasileiro só Deus sabe! Continuem gritando. Rs!




***God who wants your heart also wants your voice***