Terceira Tentativa

Gosto do mundo virtual blogueiro. Gosto de ler diários, rotinas. Gosto de acompanhar histórias, sentimentos. Gosto. Acho que também gosto de ter um blog, mas falta ainda alguma coisa pra criar um elo, um vínculo. Às vezes falta motivação ou simplesmente ânimo. Às vezes falta deixar a preguiça de lado e dar asas a imaginação. Talvez falta apenas uma pequena dose de coragem pra escrever e achar realmente bom as frases que consegui juntar.

Falta tanta coisa, mas não sei denominar o quê. Assunto? Idéia? Imagem? Público? Texto? Vídeo? Palavras? Palavras.

Acho que anda faltando um pouco de mim... vou tentar achá-lo nessa terceira tentativa de manter um blog ativo. Não é difícil pra alguns, vou tentar fazer isso ser fácil pra mim também.

Pq Ele é o único remédio...

REMEDY - David Crowder Band

Here we are
Here we are
The broken and used
Mistreated, abused
Here we are

Here You are
Here You are
The beautiful one
Who came like a Son
Here You are

So we lift up our voices
We open our hands
To cling to the love
That we can't comprehend

Oh, lift up your voices
And lift up your heads
To sing of the love
That has freed us from sin

He is the one
Who has saved us
He is the one
Who embraced us
He is the one who has come
And is coming again
He's the remedy

Here we are
Here we are
Bandaged and bruised
Awaiting a cure
Here we are

Here You are
Here You are
Our beautiful King
Bringing relief
Here You are with us

So we lift up our voices
And open our hands
Let go of the things
That have kept us from Him

He is the one
Who has saved us
He is the one
Who forgave us
He is the one who has come
And is coming again
He's the remedy

Oh, I can't comprehend
I can't take it all in
Never understand
Such perfect love come
For the broken and beat
For the wounded and weak
Oh, come fall at His feet
He's the remedy
He's the remedy

So sing, sing

You are the one
Who has saved us
You are the one
Who forgave us
You are the one who has come
And is coming again
To make it alright
Oh, to make it alright
You're the remedy
Oh, in us
You're the remedy

Let us be the remedy
Let us bring the remedy

Histórias pra conhecer A elemento surpresa!

Eu teria muita coisa deslumbrante pra contar sobre a excursão a Quebec, Montreal e Ottawa. Mas essa foi uma viagem recheada de histórias engraçadas, momentos ilários ao lado da parceira Dani.

Por quê deveríamos seguir todos os horários? Começamos bem atrasando pra voltar pro bus logo na primeira parada. Encontramos o pai da Dani correndo pra nos encontrar e todos esperando no ônibus já ligado!

Que tal ir ao banheiro masculino do restaurante chinês porque a fila do feminino estava enorme? Não bastasse isso, precisava destrancar e usar o banheiro pra deficiente no mesmo lugar pelo mesmo motivo???

E pra quê ficar bisbilhotando a entrada de uma festa de canadenses no salão de festa do hotel? Não sei se era pra isso, mas conseguimos entrar de mansinho até sermos convidadas pra dançar. No fim da festa estávamos comandando a pista de dança e ainda palpitando no som do DJ. Mais ilário foi descobrir bem mais tarde que aquela era uma festa para um povo crânio, só tinha gênio! Vergonhoso foi saber disso pelo belo australiano que estava no bar do hotel e horas antes assistia a nossa patética exibição imitando os canadenses dançando ridicularmente. Acho que isso não queimou nossa reputação, afinal ficamos ali conversando horas, aprendemos uma tal palavra misteriosa e foi muito legal!

Conseguimos fazer um book inteiro de fotos com pose de modelos e parecíamos crianças com tudo que víamos. Demos risada das nossas próprias conversas tolas e criativas. Nos divertimos com o esperado momento em que eu seria uma sereia salva por um europeu rico enquanto estávamos navegando e por acaso eu caia nas Mil Ilhas. De sereia a princesa, da vida real para o mundo mágico do imaginário de duas meninas risonhas! Mas pra quê ser normal? Queríamos sorvete na hora errada, andávamos na chuva enquanto todos se escondiam no restaurante. A ordem era tirar foto e com o pouco tempo fazia graça a nossa correria. Era assim, uma fazia pose e a outra tirava, depois saíam correndo pra mudar de posto. Fora as invasões nos lugares proibidos e as fotos com flash no museu, isso não ficava escondido porque tudo de errado fazia barulho.. e assustava!!!

Legal também foi a aula de saltos no meio do corredor do hotel. A professora era boa, mas não obtive muito êxito. A tímida tentativa de entrar na piscina de roupa, frustada pela vergonha de colocar em prática os planos mirabolantes para cair na água. A fuga para o hotel do lado para conseguir tomar algum café da manhã. O furto dos shampoos e sabonetes dos hotéis e a cara de pau de ligar pra recepção pra pedir mais.

Coisas pequenas, talvez que não parecem ter a mínima graça. Mas foram momentos que trouxeram em mim uma parte gostosa da minha personalidade, escondida pela tentativa de ser por aqui gente grande o tempo todo! Uma parte espontânea, risonha, engraçada, criativa, alegre! Com certeza tiveram muitas outras situações, porque rir foi o que mais fizemos e como me fez bem!

Enfim, com tantas histórias fica difícil manter o anonimato, afinal ela está sempre lá pra ser A elemento surpresa! Rs!

Atualizando...

Depois de muitos dias distante resolvi aparecer por aqui. Esse último mês foi recheado de mudanças e novidades! Quem acompanhava minha saga no trabalho precisa saber que eu me demiti!!! Já não agüentava as confusões do prédio e resolvi sair. No mesmo dia arrumei um trabalho como babá e agora é isso que tenho feito. Não é suficiente porque trabalho apenas 3 dias por semana durante 5 horas. Trabalho pra uma família de brasileiros e portugueses, são 3 crianças muito tranqüilas!

O mais novinho tem 1 aninho e se chama Carlinhos, ele ama ouvir as músicas dos brinquedinhos, sempre faz bagunça com o cereal ou o biscoito, é viciado em Ice Tea e parece gostar de lutar sempre contra o sono. Fazer esse pequeno dormir às vezes dá muita canseira! O garotinho do meio se chama Léo. Ele tem 5 anos e ama conversar, sempre fica me rodeando contando suas histórias, misturando o inglês e o português. Gosta de me chamar pra mostrar as coisas e sempre diz: "Vê eu?" Rs. Fofo! O mais velho é o Marquinhos, se não me engano ele já está com 9 anos. Ele é o mais da paz de todos. É muito vaidoso e fica todo arrumadinho o dia todo, com tênis e tudo mais. Os dois passam a maior parte do tempo brincando no quarto com o video game, vendo TV, desenhando... a única coisa que pedem durante o dia inteirinho é juice ou coke com cookies ou chips! Às vezes saímos pra passear no parque perto do apartamento e estamos combinando de descer pra piscina do prédio! Com certeza tem sido muito melhor estar com eles a ralar duro na limpeza de construção!

Uma outra coisa muito legal que rolou foi a viagem que fiz para conhecer a parte francesa do Canadá. Fui numa excursão de chinês junto com a Dani e passamos por Quebec, Montreal, Ottawa e Kingston. Foi muito corrido porque tinha horário pra tudo, mas deu pra conhecer muita coisa linda. Quebec é uma cidade encantadora e histórica. A parte velha da cidade é fantástica, as ruas apertadas e os castelos dão um ar europeu ao lugar. Pena que conhecemos Quebec debaixo de uma fina e constante chuvinha. O segundo dia da nossa excursão passamos em Montreal, e esse foi realmente o dia mais cheio de todos! Conheci a Cathedral de St. Joseph onde tinha um órgão maravilhoso e gigante. Também passei pela Cathedral de Notre Dame que é simplesmente um luxo! Fomos ao Biôdome, Vila Olímpica e tive a vista da cidade ao subir na torre de teleférico. Tivemos tempo ainda de rodar um pouco pelo centro e próximo ao velho porto. O terceiro e último dia da nossa expedição foi em Ottawa e bem na praça do Parlamento já estava montado um palanque pra comemoração do Dia do Canadá (que seria no dia seguinte!). Mais um lugar lindo e cheio de castelos! Por lá também fomos ao Museu da Civilização que é simplesmente deslumbrante, não tem cara de museu e as reproduções de outras épocas são impecáveis. Pra terminar o passeio paramos em Kingston, já no caminho de volta pra Toronto, e passeamos de barco pelas Mil Ilhas. São minúsculas ilhas sempre com belas casas e alguns castelos até! A bandeira dos EUA em alguns telhados mostrava que percorremos por águas não mais canadenses.

Tenho muitas fotos pra postar e qualquer dia (quando a preguiça deixar!) eu mostro isso tudo aqui!

Um pé torcido!

Não há como negar que ir pra Montreal foi muito bom, mas chegou a hora de contar a parte ruim dessa história. Por lá andamos atrás de coisas e coisas pra ajudar a Renatinha e o Pipe com a mudança e na segunda-feira pela manhã, depois de ter recebido um colinho gostoso da tia Albinha resolvi colocar a mão na massa, ou melhor, no pano. A minha intenção era deixar a janela limpinha pra combinar com a cortina nova, mas parece que a janela não gostou muito de mim e me empurrou lá de cima. Bem, o que de fato aconteceu eu não sei dizer, só sei que me desequilibrei e cai levando comigo cortina e tudo mais. O resultado disso tudo foi muita choradeira e um pé esquerdo torcido. Hoje estou bem, com o pé em recuperação. O inchaço instantâneo na região do tornozelo espalhou por todo o pé trazendo junto consigo um roxeado muito feio e estranho. A dor inicial era insuportável e só começou a melhorar na terça-feira a noite quando chegamos em Toronto e passei a tomar um remédio, até então apenas tinha feito compressa de gelo, usado alguns sprays no local e imobilizado. Com o pé nessas condições a ordem foi repouso absoluto e gelo. Não procurei o médico porque iria gastar muito dinheiro com isso, deixei ser tratada por alguns amigos.

Vou confessar uma coisa, nessas horas a gente sente muita falta de casa, muita falta de família e, principalmente, muita falta de mãe. Enquanto estava no chão apenas olhando o inchaço ganhar forma só conseguia chorar e ter na minha mente aquela bendita frase: "Eu quero a minha mãe!". O lado bom disso tudo é que tirei uns dias de descanso e fiquei literalmente de pernas pro ar, além de passar um bom tempo com alguns amigos queridos.

Bem, a folga está acabando, em poucos dias volto pra labuta!

Grand Prix du Canada: eu fui!

Sumi por quase uma semana, eu sei, e dessa vez não dá pra desculpar dizendo sobre o trabalho e a correria da vida pois passei os últimos dias literalmente de pernas pro ar, mais adiante explico melhor.

Primeiramente quero contar sobre a aventura de ir para Montreal pela segunda vez. Além de viajar e fugir um pouco da rotina, foi uma delícia rever o Pipe e a Renatinha e matar a saudade da tia Albinha, tio Mário e Ana Flávia que, como nós, estavam perdidos no calor estrondoso da bela cidade quebecoi. Acredito que tivemos dias interessantes, Montreal parecia um lugar completamente diferente daquele que conhecemos há pouco mais de um mês. Outrora caminhávamos pela brisa do vento e de um frio agradável conhecendo alguns lugares dignos de cartão postal. Dessa vez caminhávamos também, mas acompanhados de um belo sol que, além de esquentar, queimava muito. Outra grande diferença na pequena metrópole cultural era a quantidade de gente na rua, as festas e desfiles por causa do fim de semana com sabor de Grand Prix du Canada.

Claro que eu não poderia ficar fora dessa e, muito feliz, fui ao autódromo ver a corrida de Fórmula 1. Como não tínhamos o melhor dos ingressos chegamos cedo ao Circuito Gilles Villeneuve e conseguimos arrumar um bom espaço. Pude assistir corrida de Ferrari, Porsche, Fórmula GT3, entre outras modalidades antes da tão esperada F1. Foi emocionante e vibrante, amei ver a velocidade dos carros e ouvir aquele barulho ensurdecedor dos motores. Foi lindo ver a Ferrari vermelha do Felipe Massa quase voando e fazendo uma bela prova! Não imaginava que gostaria tanto, a atmosfera do lugar contagiava... agora tenho certeza que quero muito ir em Interlagos. No meio desse ambiente, vendo carros pra todo lado, bandeiras e pneus dos mais atrevidos era impossível não lembrar de uns amigos e do meu irmão que é simplesmente fanático com esse mundo automobilístico.

Infelizmente não deu Brasil no podium, o que não impediu a cambada de brasileiros de correrem para a pista pulando a cerca por um pequeno buraco aberto. Calma, não fizemos nada de errado, era tudo permitido e não só brasileiros invadiam a pista. Ali, bem ao nosso lado passavam carros de reboque levando alguns batidos que tinham sido resgatados. Foi muito legal!

Com todo o calor e esperando o escoamento da grande multidão que ia em direção ao metrô resolvemos nos refrescar nas duchas no meio do parque próximo ao circuito, uma espécie de piscina natural pública. Não teve um que ficou de fora e nessa hora rolaram muitas fotos. Nem preciso contar que ficamos mortos e cansados, e que principalmente eu estava tostada, completamente queimada devido àquelas constantes horas sob o sol.

Por esse maravilhoso e incomum domingo tenho que agradecer ao Lúcio e ao Rafa, nossos guias; ao Klebito por providenciar os ingressos; à Dani, minha boss mais engraçada e divertida pela companhia; ao Saliba pelo lanche e por ser meu locutor durante a corrida; e, à cambada de brasileiros que estavam comigo pela farofada que fizemos juntos!

Bem, o motivo de ter estado de pernas pro ar essa semana vem no próximo post! Confiram algumas fotos, logo coloco outras!

Eu e Renatinha no Marchê Jean-Talon... flores, lindas flores!

Circuito Gilles Villeneuve

A bela curva de Felipe Massa e sua Ferrari vermelha!

Ferrari...

Fim da corrida, como pessoas normais!

STOP em francês!

Relógio Floral

Trilha Sonora

Minha vida canadense tem uma trilha sonora muito particular! Resvolvi compartilhar...

A primeira não tinha como não ser essa... Walk by Faith de Jeremy Camp! Apenas nesse lado do mundo aprendi o que é ter fé realmente. Confesso que às vezes não é nada fácil. Vou levando a vida, caminhando pela fé!




Confira o vídeo!

Feels like 40...

Calor! Essa é a palavra do dia!!! Nunca desejei tanto uma piscina bem gelada, ou uma água de côco na beira da praia... nunca quis tanto dar um megulho no mar, mesmo com todo aquele sal que me incomoda!!! Esse é o calor dessa cidade, um calor quase que insuportável! Me espantei hoje ao sentir a umidade na pele. No meu fantástico mundo de Bob imaginei a terra soprando, deixando escapar algo parecido com um grande "bafo", algo quente vindo do chão acompanhado por um vento que não faz nem cosquinha, apenas despenteia.

Esse clima tornou tudo mais cansativo. Entre um exercício e outro no trabalho, uma paradinha para tomar água e secar o suor, eu parecia derreter! Me disseram que isso é só o começo, mas a mesma estrutura que a cidade tem pra suportar os muitos graus negativos também tem para aliviar a alta temperatura. Os brasileiros iam amar pegar o busão de volta pra casa depois de um dia de calor e se refrescar com um bom ar condicionado!!! Exatamente, o que antes funcionava como aquecedor é, no verão, ar condicionado... e com isso nem dá vontade de sair do bus e encarar denovo a rua quente.

Bem, ao contrário do inverno onde as pessoas se "capotavam" de casacos e cachecóis, agora elas usam menos roupa possível. Se vê de tudo, aliás, não se vê quase nada, apenas uns pedaços de pano. Shorts bem curtos e camisetas, essa é a moda aderida por todos, literalmente, tendo corpo ou não pra usar coisas cavadas e decotadas! Eu até entrei na onda das botas, gorros e luvas... agora esse lance ai de andar de mini-saia pela rua nem vai rolar. Pra tentar suportar o clima estou aos poucos adequando meu guarda-roupa com umas camisetas leves e finas, bermudas, etc.

Uma amiga me alertou sobre os cuidados com o sol na pele, usar protetor solar todo dia vai se tornar algo quase que obrigatório, afinal, mesmo querendo e precisando pegar uma corzinha e um bom bronzeado, não há pele que suporte os 30 graus das 11 horas da manhã. E sabe o que mais? São 30 graus, mas a previsão disse que a sensação térmica é de algo em torno de 40! E olha que nem estamos ainda no forte do verão, pode?

Considerações a respeito do tempo vivido - II

Não sei dizer porque a palavrinha TEMPO me chama sempre muita atenção. O tal tempo que não se temporaliza, o tal tempo que cura e mata, o tal tempo imensurável e tão exatamente contado. Anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos, milésimos de segundos... por aí vai a tal contagem!

O tempo que tenho vivido tem sido aquele onde não existe tempo, onde o tempo voa, onde o tempo pára no tempo. Algumas decisões tomadas há precisos 5 meses sobre o tempo futuro são agora os acontecimentos do presente, e isso traz uma sensação estranha! Me lembro bem como parecia existir um grande tempo pela frente até os dias de hoje... tenho agora em minhas mãos novas decisões para um futuro que parece distante, talvez coisas para os próximos 5 meses. Eu sei, não parece muito, mas são aproximadamente 150 dias e algumas mil horas.

Esse tal de Tempo... um sujeito? Um objeto? Um inimigo? Um aliado? Um médico? Um amigo? Um assassino? Um substantivo? Estou ficando assustada, ele não mostra quem é e nem a quê veio... Há única coisa que sei é que ele passa e faz barulho!

Trabalhando...

Os últimos dias foram estressantes. A quantidade de trabalho e a pressão foi absurda. Pra completar o pacote eu e a minha colega conseguimos criar novos problemas sumindo com a nossa chave que abre todo o prédio. It's a big headache!!! No fim de cada dia nem sabíamos como tínhamos dado conta da demanda. O cansaço habitual só trazia uma reação: risada... afinal, melhor rir do que chorar! Ao longo da semana tivemos alguns reforços, valiosos reforços! Agora sem chave precisamos sempre pedir um e outro pra abrir as portas das unidades e, pra fechar com chave de ouro, fomos despejadas da suite onde colocamos nossas coisas e todo nosso material. Carregando caixas, litros de produtos, etc, fizemos mudança. Durante a labuta diária com aquele gostinho de desespero me deu vontade de desistir, correr pra longe disso tudo, arrumar outra coisa. O momento mais esperado do dia era a volta pra casa, era a hora de dormir. Comer se tornou algo não muito constante, o almoço passou a acontecer por volta de 4 da tarde. Às 10hs de uma noite de sexta-feira eu já estava capotando de sono. Precisava dormir e o fiz, depois do caos do trabalho semanal. Acordei melhor no sábado, talvez quase recuperada! Rs.

Sempre que conto por aqui essas histórias malucas não posso deixar de dizer uma coisa: como isso é crescimento! Algumas pessoas imaginam que eu não precisava passar por tudo isso e que a escolha de estar longe do meu país começa a ser um erro. Bem, o crescimento pessoal e que só eu consigo saber ganha pontos nessa hora. Quanto a voltar pra casa, eu irei, em breve!

O pequeno prédio de 38 andares onde passo horas por dia!

Sol, bike e churrasco

Eba! O sol apareceu e ele veio com força total... no domingo pude senti-lo na pele! Depois de um sábado a noite de pizza na casa do Ronan e da Nicole e muita conversa madrugada a dentro, nada melhor do que um passeio outside para curtir o fim de semana ensolarado.

Enquanto alguns trabalhavam, fui pedalar com o Ronan. Passeamos em alguns parques da região sul de Mississauga, uma área muito legal com um ar de praia. Isso acontece porque lá tem um lago muito bonito onde estão muitos barcos. É uma região cara, cheia de natureza... Rodamos um pouco por ali até a idéia de fazer um churrasco no meio do parque numa daquelas churrasqueiras espalhadas por todos os lados foi ganhando força. Num mercado italiano compramos algumas carnes e refrigerantes. Todos ajudaram... um fez a farofa, o outro temperou a asinha de frango, outro fez a salada (meio doce, por sinal, rs!). Catamos umas cadeiras de camping e fomos. Por fim, Nicole, Ronan, Stela, Laurie e eu estávamos torrando no sol de um domingo bem quente, assim como as carnes na brasa. Amei ficar coradinha com aquele sol!!!! O ventinho gostoso trazia um friozinho, uma espécie de frescor!

A paisagem permitia muita coisa e como é interessante ver um monte de culturas se misturando. Do nosso lado tinha uma família de mulçumanos fazendo um churrasco também, da maneira deles.. claro! As mulheres usavam a burca, cobrindo todo o corpo, estavam todas assentadas no chão de uma maneira que parecia confortável (se eu sentasse como elas nem conseguiria levantar... rs!), os homens todos estavam ao redor da churrasqueira e assavam umas carnes bem temperadas e espigas de milho. Um pouco mais à frente, numa pedra bem próxima do lago estava um casal mais de idade. Eu observei o momento exato quando eles chegaram e foi uma graça ver o senhor colocando uma toalha na pedra e ajudando a 'namorada' a se sentar, depois ele se ajeitou bem do ladinho dela e ficaram ali olhando o lago. Mais acima uma outra família com sua própria churrasqueira fazia inveja a todos com uma boa fogueira. As pessoas passavam pra todos os lados. Tinha gente de bike, de patins, à pé, correndo, caminhando... gente com muita roupa, com pouca roupa... gente tirando foto, passeando com os cachorros, brincando com as crianças... tinha até um grupo de malucos se aventurando de bike nas pedras, pelas pontes e riachos.

Depois de ver tanta coisa, comer comida boa e, claro, dar risada, resolvemos partir para a sobremesa. Fomos tomar sorvete! E como foi bom! Bem, o domingo estava terminando... era hora de voltar pra vida! Ainda deveria ir a igreja e peguei uma carona com a Laurie pra Toronto. O culto foi bem gostoso e me derramei diante de Deus.

Esse foi um dia com sabor de churrasco brasileiro no meio da cultura canadense!

Um mundo cor de rosa

Tem gente que detesta, já outros gostam de mais. Uns fingem não gostar, outros nem se importam. Confesso que tenho muita coisa cor de rosa, mas isso é algo que aconteceu por acaso. Quem conhece a Bibíola sabe que ela ama essa cor e é impossível ver algo nesse tom e não se lembrar dela. Foi isso mesmo que aconteceu quando me deparei com um hidrante rosa. Minha surpresa foi ver muitos deles por aqui. Não resisti e fotografei!!!

Os dias... meu lugar!

A vida continua aqui desse lado da América. O trabalho anda cada vez mais difícil e apertado. Corro o dia inteiro pra entregar todos os apartamentos marcados, teve vez de não parar nem para comer. Com isso a "arte vai entrando" pelos dedos através de cortes, machucados, etc. Um novo supervisor do prédio parece querer mostrar serviço e fica no meu pé o tanto que pode e não pode. Ele precisa ser simpático e nos ter - a mim e a minha companheira - como amigas porque sempre nos aciona pra um help aqui e outro acolá. Já no seu primeiro dia de trabalho lançou uma pergunta: "Vcs já me odeiam?" Rs. Restou dar risada. Assim vamos nos relacionando, entre agrados, favores, suquinhos, xingamentos, cobranças e risadas! Bem, alguns meses atrás toda essa loucura de vida me traria apenas lágrimas nos olhos, hoje vejo que sei reagir diferente. Quando o dia está apertado e mal consigo respirar a única coisa que faço é olhar pra Renata e dar risada!

Nessa agitação toda está presente um tempo totalmente indefinido. Temos tido dias de chuva, vento, frio... dias de sol, calor, suor. A temperatura timidamente vai ganhando força e, sinceramente, espero que ela não volte a cair.

Pra completar e fechar com chave de ouro decidi voltar às aulas. Estou muito feliz por ser aluna novamente! Essa semana começaram minhas aulas de inglês, são apenas dois dias da semana a noite. O duro é que tenho que viajar até Toronto pra isso, o que cansa um bocado. Mas estou bem contente!

O resto da vida não é novidade. Já me tornei amiga da saudade e a vontade de estar em casa com minha família e amigos é cada vez maior! Estou descobrindo onde é o meu lugar!

Meu Querido Diário!

Sempre ouvi uma querida amiga contar sobre suas viagens e sobre sua empolgada relação com os queridos diários de bordo. Claro que foi ela mesma quem me deu o meu primeiro diário de bordo pra essa viagem canadense. Fiquei feliz em ter um e poder registrar todos os passos da minha primeira experiência internacional. Confesso que algumas vezes me sentia uma boba escrevendo meu dia naquele livrinho, aquilo era algo que me remetia aos meus antigos queridos diários, essas coisas que toda menina já teve. A minha saída de BH e os primeiros dias e semanas aqui foram bem descritos naquela agenda que minha amiga chamou de Vet's Secrets. Os dias foram passando e fui deixando isso de lado. Bem, com o blog voltei a anotar as coisas do dia, mas agora era diferente porque não era tão particular quanto as anotações feitas no caderno.

Há alguns dias tenho sido incomodada a dar uma voltinha no que rolou há 6 meses atrás e ler o que andei escrevendo no bonito diário azul com uma flor em forma de coração na capa. Hoje resolvi fazê-lo. Quão grande minha surpresa ao chorar na primeira página onde minha amiga escreveu uma dedicatória. Ela já sabia que o meu mundo mudaria de lugar e mencionou isso. O meu primeiro registro foi uma oração feita no avião logo que saí de BH para SP. Como foi gostoso ler aquilo, ler os relatos da despedida no aeroporto e ler os dias do meu primeiro mês. Me deu uma saudade gostosa dos sentimentos de descoberta daquele tempo. Fiquei feliz em ver o que comparei a um querido diário de qualquer garota adolescente contando coisas gostosas, choros, saudades!

Só hoje estou devidamente agradecendo à essa amiga esse presente e reconhecendo o valor que ele tem. Tive a vontade de voltar a escrever os meus dias e não vou hesitar em fazê-lo, mesmo que algumas páginas fiquem em branco me lembrando o tempo não registrado ali. Que tal usar aquele conhecido jargão pra começar minhas anotações... "Meu querido diário..."

Cinnamon Melts

Acordei muito tarde no domingo. Junto com as cólicas veio a preguiça. Como trabalhei ontem estou sentindo o dia como se fosse sábado. Ainda bem que estamos em long weekend, ou seja, segunda-feira é feriado!

O dia chuvoso sugeria ficar em casa quietinho debaixo do cobertor. Aproveitei pra ler um pouco e dei continuidade no livro que minha irmã me mandou do Brasil. Bem, nada melhor pra me acompanhar nesse momento solitário do que um belo doce e escolhi o Cinnamon Melts pra vir me fazer companhia. Como o Kleber tinha ido resolver umas coisas na rua pedi a ele que trouxesse o que seria a maravilha dos céus nessa tarde mais do que abstrata.

Já ia esquecendo de apresentar a vocês... eis Cinnamon Melts, uma delícia do Mc Donald's.

Conhecendo o Hospital

O sábado amanheceu diferente, já com ar de cansaço, afinal teria que ir trabalhar. De casa ao trabalho à pé são apenas uns 15 a 20 minutos se eu passar pela ponte em construção há 2 quarteirões daqui que dá exatamente na rua do prédio, mas não posso fazer esse caminho e por isso tenho que andar mais indo até o ponto, pegando o bus e caminhando mais do terminal até o prédio. Resolvi arriscar e passar pela ponte, o que já tinha feito uma vez voltando de tarde quando não tinha mais ninguém na obra. Enfim, percorrendo os trilhos da construção cheguei ao trabalho pouco mais das 7 da manhã e lá fiquei até quase 2 da tarde. Já havia combinado de encontrar uma amiga na parte da tarde. Depois de um lanche em casa, uma ajeitada na cozinha e um bom banho esperei a Nicole passar pra me buscar.

Bem, o plano era assitir filme na casa do Dayber e da Laurie já que ele, operado, não podia sair. Minha surpresa foi ver tudo sendo mudado. Ao chegarmos lá vimos que ele não estava muito bem e a febre indicava que ele deveria voltar ao hospital depois de ter passado por uma cirurgia de apendicite. Lá fomos nós... Eu não podia ajudar muito, mas fiquei por perto. Chegamos no hospital por volta de 7 da noite e a espera foi longa até que houvesse algum atendimento. Percebi que o atendimento hospitalar nesse país deixa a desejar. Fiquei pensando na luta do povo com o SUS e as longas filas para se conseguir uma consulta, lembrei dos hospitais cheios, dos postos de saúde sem médicos e do caos do João XVIII numa madrugada de um fim de semana. Recordei do Hospital BH onde estive algumas vezes e fui muito bem atendida. Aqui toda a saúde é pública, ou seja, eles não podem optar por um serviço particular e melhor, como geralmente alguns fazem no Brasil. Me disseram que o custo de saúde por essas bandas é muito caro, mas o governo arca com as despesas hospitalares de todos os cidadãos. Seja como for, estava eu ali num hospital canadense vendo um casal de brasileiros imigrantes recebendo o mesmo tratamento ou até pior. Alguns atendentes não foram muito educados e por aqui eles parecem não ter nenhuma empatia com a dor dos outros, diferente dos brasileiros.

Resumindo, depois de um tempo tive que vir embora. Eles ficaram por lá, teve até barraco pra tentarem agilizar o atendimento que foi acontecer muito mais tarde, aproximadamente umas 3hs depois da entrada no hospital.

O dia terminou com um belo prato de strogonoff com batata palha americanizada na casa da Nicole e do Ronan. Depois só me restou o sono!

Coisas legais!

Essa semana algumas coisas legais aconteceram...

Ganhei uma companheira de trabalho e ela se chama Renata. A gente rala duro o dia inteiro e estamos nos dando bem. Ficamos fazendo conta o tempo todo pra ver se temos que acelerar o passo e se a grana tem valido a pena. Pra tentar melhorar o orçamento decidimos fazer as janelas do prédio também e por isso terminamos o dia quebradas!

Outra coisa legal é que a Nicole e o Ronan chegaram da viagem ao Brasil no fim de semana e ontem fui vê-los. Como foi bom ficar horas à fio trocando figurinhas com eles... acabamos perdendo a hora e só cheguei em casa 1 e meia da madrugada em plena terça-feira. Inspirado pelo clima mineiro o Ronan fez pão de queijo e eu gostei demais!

Eles trouxeram umas coisinhas que mamãe mandou do Brasil. Pra falar a verdade eles trouxeram um pacote gigante pra mim! Queijo, remédios, doce de leite, roupa de verão, sapato... e muita coisa mais! Essa foi outra coisa muito legal!!!!

Eu e os meninos resolvemos ir pra Montreal novamente. Vamos no início do mês que vem! Eu e o Klebito vamos assistir a corrida de fórmula 1 e ele já até comprou os tickets pela net. Não tenho dúvidas de que vai ser muito bom "incomodar" os Turus mais uma vez.

A mamãe recebeu o presente de Dia das Mães que mandei, mas isso só aconteceu ontem. Eu marquei a entrega pra esse dia porque achei melhor. Parece que um simples kit com flores, pelúcia e chocolate fez ela chorar um monte. Eita saudade!!!

O Guga e a Mimi tiveram filhotinhos de novo e agora minha casa no Brasil deve estar parecendo um canil. Já tínhamos 3, agora são 6!!!

Esse mês estou voltando pra escola. Vou fazer mais aulas de inglês e dessa vez estou pensando em fazer um curso na minha área. Seguindo o conselho de amigos queridos estou tentando fazer de tudo pra aproveitar ao máximo o tempo aqui e fazê-lo ganhar valor duplo, triplo... etc!

Quanta coisa!!! Só queria compartilhar!!!

Welcome to Canada

Essa semana tem sido uma correria só e um cansaço enorme. O tempo, que deixou de ser meu aliado, não me permite um minuto de folga. Os canadenses lá do prédio não se cansam de me chamar, mas eles são gente boa e educados, gosto de cada um deles. Nessa vida agitada não me sobra muito espaço, cabeça, idéia e às vezes ânimo... a preguiça e o sono são meus grandes companheiros. Completaram 6 meses que estou aqui e apenas ontem ouvi alguém me dizer "Welcome to Canada!". Em outras palavras, seja bem vindo a esse mundo louco onde as pessoas não param e são consumidas pelo trabalho!

Dia das Mães

Mães...

Aprendemos a chamar por elas mesmo quando ainda não sabemos dizer nem essa pequena palavra. Isso acontece porquê? Bem, essa é a primeira vez que passo esse dia longe da minha mãe e, talvez por isso, achei uma resposta pra tal pergunta. Essa é a minha resposta: mãe é a primeira pessoa que temos e a primeira pessoa de quem somos... Tudo bem, a próxima pergunta é: "O que você está falando menina?". Rs!!! Um dia fomos algo que só ela teve, só ela podia sentir, só ela segurava e carregava... um dia fomos algo que só dependia dela e andava com ela. Aquela casa apenas ela podia nos dar e até o alimento partilhávamos. Enfim, éramos dela e ela era nossa e, por fim, ela se torna a pessoa pela qual sempre chamamos! Ai a gente cresce!!! Fico feliz de pensar que ela continua sendo na minha vida a pessoa pela qual eu sempre chamo. Claro que várias outras pessoas entraram em nossas vidas, hoje a dividimos com outros e ela faz o mesmo conosco. Não vivemos mais 'grudados', literalmente falando! Sabe o que mais é bom perceber? Estamos conectadas em todo o tempo porque o nosso coração está bem próximo!

E esse não é um dia das mães atípico apenas por eu estar aqui do outro lado das Américas... Nesse ano comemoro essa data duplamente, afinal tenho 2 mães. Ter ganhado uma mãe número 2 é prova do cuidado de Deus. É bom ter quem se preocupe, quem te dá o remédio certo porque você comentou que está com dor, quem ora por você sem se esquecer nunca, quem conversa, aconselha, faz rir e gosta de te ver crescer. Eu tenho 2!!!

Levanta a mão quem, por mais independente que seja, nunca vai precisar do colinho da mamãe. Eu assumo que preciso mesmo! Sei que é jargão, mas vou falar assim mesmo: dia das mães é todo dia!!!!

Queridonas, os presentes virão por ai!

Minha turma...

Hoje estou totalmente nostálgica. Tudo me remete aos meus tempos de faculdade. Pra ser sincera estou muito triste. Recebi um e-mail com a péssima notícia do falecimento de uma fofa e única que se formou comigo na faculdade, há aproximadamente 9 meses. A Élia era a coisa mais especial da turma, um exemplo de fé, força e perseverança. Sua trajetória na nossa turma e no curso de Psicologia foram brilhantes. Não tinha nada mais doce do que o jeitinho dela olhar, falar, abraçar, era toda carinhosa e tinha um bom colinho. Bem, ela já vinha lutando contra um câncer há anos e já tinha vencido uma vez. Descobriu novamente um câncer nos ossos e o diagnóstico previa 2 anos de vida. Bem, esses 2 anos duraram aproximadamente 10!!!Nos últimos períodos da faculdade alguns sintomas apareceram e ela ficou bem fraquinha, mas permaneceu confiante no próposito de se formar e continuar vivendo. Eu, alienada, fui saber daquele problema muito tempo depois. Impossível esquecer o dia que ela apareceu na aula sem a peruca que usou quando os cabelos caíram por causa do tratamento. Nessa época ela estava melhorando, reagindo e os cabelos novos e crescendo estavam uma gracinha. Vê-la entrando na sala de cara nova foi uma alegria pra turma toda e ela estava linda e sorridente.

Estudante de Psicologia busca sentido e significado pra tudo e consegue achar relevância em coisas tão pequenas... filosofa e fala da vida. Achamos que sabemos lidar com o luto e com a perda e, às vezes, simplesmente esquecemos da nossa condição de mortal. Somos uns bobos mesmo... não sabemos de nada!!!

Sabe, por um tempo, enquanto lia o e-mail que me trouxe a notícia dessa perda, sentia meu corpo arrepiar por completo e lágrimas desceram lentas e silenciosas, só me restou a dor e o aperto de não ter ido vê-la, de não ter buscado mais notícias, de não ter estado mais com ela, de não ter ligado ou de ter guardado algumas palavras só pra mim, palavras que poderia ter dito e compartilhado. Fiquei pensando na turma toda da faculdade, nas minhas companheiras da Comissão, no meu quarteto de trabalho que ganhou 2 reforços já na reta final, nas práticas das aulas de vivência e de dinâmica, nos poucos churrascos e encontros (mas que sempre foram muito bons!), na empolgação com a formatura, enfim... tantas lembranças gostosas! A tristeza trouxe a nostalgia e ai o jeito foi pegar o cd com as fotos da faculdade e ver todas mais uma vez. Um misto de sentimentos tomaram conta da atmosfera do meu pequeno quarto. Ria e sorria sozinha, chorava de saudade e da lembrança daquela pequenina que era a Élia. Pela distância a minha saudade ganha peso duplo, triplo, e assim vai... queria poder ver toda a MINHA TURMA agorinha mesmo!

Decidi não deixar a minha turma de faculdade sumir da minha vida, simplesmente 'morrer'. Como eterna integrante da Comissão já estou agendando a festa de 1 ano de formada. Descobri que amo demais aquela mulherada complicada e os poucos homens que passaram pela nossa vida!

Não sei se ela sabia o tanto que eu admirava e gostava dela!

MINHA TURMA AMADA

O que é ser diferente???

O Canadá é um país livre, e muito! Vemos povos de toda raça, cor e credo promovendo uma grande miscigenação de culturas. Por aqui, ser diferente é o comum! Não sei se para eles ser diferente se tornou um dever ou direito. Seja qual for a motivação, eles são e sabem ser! Cada um do seu jeito peculiar, com sua personalidade. Piercings na bochecha, no queixo, na testa... tatoo até nas orelhas... cabelos afrodizíacos, cortes modernos, cores espantosas... azul, verde, vermelho, rosa, roxo, amarelo, multi-colorido!!! Tanto faz se a bolsa combina com o sapato, se calça xadrez com a blusa de bolinha não ficou bom ou se o pente foi esquecido no cabelo!!! Exatamente isso! Um pente no cabelo! Essa foi a cena dessa manhã, e eu, pouco discreta não deixei de ver, olhar, ver de novo, conferir, reparar! Sozinha no meu caminho pro trabalho dei risada! Um sujeito alto de pele escura, cabelo afro e um pente vermelho (daqueles tipo um garfo) entre as madeixas!!!! Fiquei me perguntando se ele realmente achava aquilo bonito. Será que a mãe dele viu seu penteado antes de sair de casa?

Um tanto quanto bizarro, não mais que o cara com um par de chifres implantados que a Renatinha encontrou em Montreal! Será que isso é ser diferente ou isso tudo já é comum???

Cenas de uma primavera

Nesse domingo pela manhã fui dar uma volta rápida. A intenção era apenas ir à loja de conveniência num mall próximo de casa comprar cartão pra ligar pro Brasil. Bem, foi exatamente isso que fiz, mas aproveitei pra curtir o caminho. Os dias de chuva da semana passada estão sendo substituídos por manhãs de sol, mesmo que não muito quentes. A primavera já dá sua cara e nos jardins das casas já se podem ver as famosas tulipas amarelas, vermelhas... flores de todas as cores e tipos enfeitando e colorindo. Que visão diferente daquela de pouco tempo atrás onde tudo era branco e estava coberto por uma grossa camada de uma coisa gelada! As árvores, ou melhor, os galhos secos nos passeios ganham companhia, afinal em suas pontas estão os brotos e algumas já estão acompanhadas pelas flores. Uma amiga disse que as árvores nesse mês de maio são o buquê de Deus para todas as mães porque primeiro aparecem as flores e depois as folhas. Atualmente já vejo alguns pequenos buquês de variadas cores. O meu trajeto ganhou uma pausa numa padaria italiana onde comprei mel (tenho estado com minha garganta irritada). Logo ali perto comprei os cartões telefônicos e peguei o caminho de volta pra casa. Continuei, discretamente, a contemplar a beleza da mãe natureza. Essa sim não poupou esforços pra mudar o ambiente cinza do asfalto.

É bonito ver os galhos tomados por brotos e folhinhas...

Outras mais ousadas já exibem sua flores...

Dizem que as tulipas uma vez plantadas sempre darão flores, ou seja, o inverno rigoroso apenas a fez desaparecer por uns tempos, com o clima favorável ela não deixa de se exibir e vem solitária, em casais, em pequenos grupos ou em grandes bandos...

As florzinhas aparecem em diversas cores, tons matizados, pontas picotadas, de cores e tipos variados...

Em minha oração agradeci a Deus pelas flores!

Arte Entrando...

Tive um dia atribulado. Corri muito pra fazer tudo e entregar os apartamentos no tempo certo. Justo no dia que eu pensei que tudo iria ser calmo, o dia passaria tranquilo e talvez até conseguiria voltar mais cedo pra casa!!! Engano meu! O tumulto começou logo pela manhã com mil coisas pra fazer ao mesmo tempo e o povo do prédio me chamando pra limpar aqui e ali. Imaginei que eles cansariam e me deixariam em paz, errei mais uma vez. A parte da tarde não foi diferente, pelo contrário, deu até vontade de chorar e o fiz!

Bem, todos sabem que os brasileiros estão curtindo um fim de semana prolongado pelo feriado do dia do trabalhador. Minha família está toda no sítio e passei o dia imaginando a farra que está por lá. Pois é, eles descansam enquanto a trabalhadora aqui rala, literalmente. Hoje me ralei toda e a soma do dia foram mais cortes. Dessa vez não foi só um corte pequeno como os outros e sangrou bastante. O jeito foi enrolar uns guardanapos no dedinho da mão esquerda, aproveitar umas fitas e improvisar um curativo. O mais chato nisso tudo é que o dedinho da outra mão também já estava machucado e era difícil manter os dedos longe do contato com a água, ou seja, o meu curativo durou cerca de alguns minutos. Deixei doer até chegar em casa e colocar um band-aid, o que aconteceu um pouco mais tarde do que pensava. Ainda tinha mais um compromisso a cumprir. Fui ver o teatrinho na escola do Brunito e foi bom pra dar umas risadas!

Dias corridos e malucos como esse cansam e fazem chorar, mas mostram uma coisa: eu estou crescendo! As experiências estão sempre trazendo crescimento e isso um recifense descreveu diferente: é a arte entrando! A noite terminou com essa frase!

Frase do Dia

Essa é da Biltty e furtei do blog dela...

"Yes! Ele consegue, SEMPRE, me surpreender!"

Esse é o Deus que servimos!!!



PS.: E coloquei cor de rosa só pra combinar com ela! Saudades!

Only Pictures!!!

Nós na foto! Eu, Klebito, Andrezinho, Pipe, Renatinha, Júlia e Lúcio!

Tudo que é bom dura pouco!

Já dizia o velho ditado que tudo que é bom dura pouco. Conferi que isso não é apenas um ditado, infelizmente! Chegou a hora de voltar pra vida real e arrumar as malas pra voltar pra Toronto, era domingo e o fim de semana estava acabando!

Pra variar acordamos muito tarde na pensão dos Turus (e mais uma vez só o Sr. Pipe saiu cedinho pro trabalho). A programação era pegar estrada por volta de meio dia, o que não aconteceu!!! A dona da cozinha fez panquecas e torradinhas pro nosso café da manhã... tava bão demais! Mas essa não foi a parte mais divertida daquela manhã. Além de dona da cozinha a Renatinha também é dona do salão e ajeitou um horário pra uma cliente especial. Sim, estou querendo dizer que ela cortou o meu cabelo!!!! Põe cabelo pra cá, corta acolá. A cabelereira transmitia uma segurança enorme, mas que, segundo ela mesma, não existia. A cliente estava tranqüila demais, afinal era só a franja e se não desse certo o cabelo cresceria novamente. Resumindo, ficou ótimo e melhor ainda foi sair do salão sem pagar o corte!

O relógio já marcava quase 3 da tarde quando eu e o Klebito catamos as coisas pra partir. Antes uma paradinha especial: a foto do laço e da coroa! Ela de princesa e eu de gatinha! E não é que a gente ficou umas gracinhas???




Depois foi a vez da foto no "alpendre" com a bandeira do Brasil e essa sim deu trabalho! A super câmera do Kleber colocada no tripé em cima do carro apontava na nossa direção, o menininho deveria apertar o botão e correr pra foto, mas no meio do caminho tinha uma escada, tinha uma escadaria no meio do caminho. Quem conhece sabe que o Klebito é a tradução da paz e da tranquilidade, mas ele acelerou o passo e chegou a tempo pra posar na foto, tanto na primeira quanto na segunda tentativa! Essa eu mostro depois porque ainda não está no meu pc.

Duas orações antes de irmos, vários abraços! Entramos no carro e começamos a seguir as direções do mapa. Vira aqui e ali e, logo no início da viagem, avistamos um acidente. Não ficamos muito tempo parados ali e ao passarmos pela batida vimos um carro capotado e uma ferrari vermelha chocada na grade de proteção. Por lá tinham carros de polícia, bombeiro, resgate e muitos sinalizadores e setas piscando indicando o caminho a seguir. A viagem de volta foi tranqüila, principalmente pra mim que aproveitei pra dar uma cochilada. Meu soninho foi interrompido quando paramos no Mc Donalds pra um lanche. Por volta das 9h da noite estávamos entrando em casa!

No fim do dia fiquei feliz ao receber o abraço apertado do Bruno e do Lucas! Deu pra sentir saudade!

O segundo dia na terra dos quebecois

O sábado do fim de semana acordou um pouco frio, o solzinho estava aparecendo, mas como nós ele resolveu sair da cama mais tarde, apenas o Pipe mais uma vez estava na labuta logo cedo. As torradinhas do café da manhã bem preparadas pela Renatinha foram substituídas pelo pão com linguiça e mostarda do "Mercado Central". Eis o nosso almoço! Estávamos todos juntos novamente, inclusive o Pipe, a Júlia e o Lúcio. De lá a troupe se rompe novamente e seguimos eu, Rê, Dé e Klebito como turistas logo depois de deixar o Pipe na YMCA pra mais uma aula. Nosso destino incerto e sem mapa logo ganhou traços e chegamos ao Mirante Mont Royal, de onde pudemos ter uma vista linda da cidade. Passeamos pelo Biodôme, pelo Olympic Stadium e pela Boutique que tinha por lá. Eu comprei apenas um pacotinho com 200 selos e alguns cartões postais pra coleção da mamãe, já o Klebito comprou umas larvinhas secas com sabores para comer... eca!

O caminho de volta foi muito mais longo que o da ida porque nos perdemos, mas foi ótimo porque aproveitamos para passear e ver outros lugares. Bem, ainda não sabemos o que aconteceu com a tal rua St. Hubert que seguimos de uma ponta à outra sem chegar ao nosso destino e sem nenhuma pista de estar próximo dele, mesmo essa tal sendo paralela à do apartamento. Claro que isso rendeu mais algumas fotos!

Quando nos localizamos na cidade depois de pedir direções por algumas vezes, paramos no mercado e compramos algumas coisas pro churrasco que estava programado. Pra encurtar já vou dizer que o churrasco foi feito no forno do fogão porque a churrasqueira estava sem gás, mesmo depois de idas e vindas ao Canadian Tire e tentativas frustradas pra comprar o tal negócio. O churrasco teve bom, fizemos um pão de queijo falso, comemos pão de alho. Conosco estavam a Júlia e o Lúcio e o Rafa e a Pat, um novo casal amigo dos Turus. Era a primeira vez que a casa da Renatinha recebia tanta gente ao mesmo tempo, eram 9 pessoas dividindo a sala e a cozinha, mas foi bem divertido!

A noite rendeu até umas 4 da manhã. Depois que os casais foram embora o Pipe tocou um pouco de violão, ouvimos músicas, vimos fotos e ainda os vídeos do casamendo dos Turus. É claro que o Pipe se recolheu mais cedo e o Klebito apagou no sofá. Bem, passamos mesmo da hora de dormir e todos estavam cansados! Eu comecei a ficar triste, domingo seria o dia de ir embora e pelas fotos ai embaixo vocês vão sacar que tava legal por lá! Depois posto mais!