sábado, 14 de junho de 2008

Um pé torcido!

Não há como negar que ir pra Montreal foi muito bom, mas chegou a hora de contar a parte ruim dessa história. Por lá andamos atrás de coisas e coisas pra ajudar a Renatinha e o Pipe com a mudança e na segunda-feira pela manhã, depois de ter recebido um colinho gostoso da tia Albinha resolvi colocar a mão na massa, ou melhor, no pano. A minha intenção era deixar a janela limpinha pra combinar com a cortina nova, mas parece que a janela não gostou muito de mim e me empurrou lá de cima. Bem, o que de fato aconteceu eu não sei dizer, só sei que me desequilibrei e cai levando comigo cortina e tudo mais. O resultado disso tudo foi muita choradeira e um pé esquerdo torcido. Hoje estou bem, com o pé em recuperação. O inchaço instantâneo na região do tornozelo espalhou por todo o pé trazendo junto consigo um roxeado muito feio e estranho. A dor inicial era insuportável e só começou a melhorar na terça-feira a noite quando chegamos em Toronto e passei a tomar um remédio, até então apenas tinha feito compressa de gelo, usado alguns sprays no local e imobilizado. Com o pé nessas condições a ordem foi repouso absoluto e gelo. Não procurei o médico porque iria gastar muito dinheiro com isso, deixei ser tratada por alguns amigos.

Vou confessar uma coisa, nessas horas a gente sente muita falta de casa, muita falta de família e, principalmente, muita falta de mãe. Enquanto estava no chão apenas olhando o inchaço ganhar forma só conseguia chorar e ter na minha mente aquela bendita frase: "Eu quero a minha mãe!". O lado bom disso tudo é que tirei uns dias de descanso e fiquei literalmente de pernas pro ar, além de passar um bom tempo com alguns amigos queridos.

Bem, a folga está acabando, em poucos dias volto pra labuta!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Grand Prix du Canada: eu fui!

Sumi por quase uma semana, eu sei, e dessa vez não dá pra desculpar dizendo sobre o trabalho e a correria da vida pois passei os últimos dias literalmente de pernas pro ar, mais adiante explico melhor.

Primeiramente quero contar sobre a aventura de ir para Montreal pela segunda vez. Além de viajar e fugir um pouco da rotina, foi uma delícia rever o Pipe e a Renatinha e matar a saudade da tia Albinha, tio Mário e Ana Flávia que, como nós, estavam perdidos no calor estrondoso da bela cidade quebecoi. Acredito que tivemos dias interessantes, Montreal parecia um lugar completamente diferente daquele que conhecemos há pouco mais de um mês. Outrora caminhávamos pela brisa do vento e de um frio agradável conhecendo alguns lugares dignos de cartão postal. Dessa vez caminhávamos também, mas acompanhados de um belo sol que, além de esquentar, queimava muito. Outra grande diferença na pequena metrópole cultural era a quantidade de gente na rua, as festas e desfiles por causa do fim de semana com sabor de Grand Prix du Canada.

Claro que eu não poderia ficar fora dessa e, muito feliz, fui ao autódromo ver a corrida de Fórmula 1. Como não tínhamos o melhor dos ingressos chegamos cedo ao Circuito Gilles Villeneuve e conseguimos arrumar um bom espaço. Pude assistir corrida de Ferrari, Porsche, Fórmula GT3, entre outras modalidades antes da tão esperada F1. Foi emocionante e vibrante, amei ver a velocidade dos carros e ouvir aquele barulho ensurdecedor dos motores. Foi lindo ver a Ferrari vermelha do Felipe Massa quase voando e fazendo uma bela prova! Não imaginava que gostaria tanto, a atmosfera do lugar contagiava... agora tenho certeza que quero muito ir em Interlagos. No meio desse ambiente, vendo carros pra todo lado, bandeiras e pneus dos mais atrevidos era impossível não lembrar de uns amigos e do meu irmão que é simplesmente fanático com esse mundo automobilístico.

Infelizmente não deu Brasil no podium, o que não impediu a cambada de brasileiros de correrem para a pista pulando a cerca por um pequeno buraco aberto. Calma, não fizemos nada de errado, era tudo permitido e não só brasileiros invadiam a pista. Ali, bem ao nosso lado passavam carros de reboque levando alguns batidos que tinham sido resgatados. Foi muito legal!

Com todo o calor e esperando o escoamento da grande multidão que ia em direção ao metrô resolvemos nos refrescar nas duchas no meio do parque próximo ao circuito, uma espécie de piscina natural pública. Não teve um que ficou de fora e nessa hora rolaram muitas fotos. Nem preciso contar que ficamos mortos e cansados, e que principalmente eu estava tostada, completamente queimada devido àquelas constantes horas sob o sol.

Por esse maravilhoso e incomum domingo tenho que agradecer ao Lúcio e ao Rafa, nossos guias; ao Klebito por providenciar os ingressos; à Dani, minha boss mais engraçada e divertida pela companhia; ao Saliba pelo lanche e por ser meu locutor durante a corrida; e, à cambada de brasileiros que estavam comigo pela farofada que fizemos juntos!

Bem, o motivo de ter estado de pernas pro ar essa semana vem no próximo post! Confiram algumas fotos, logo coloco outras!

Eu e Renatinha no Marchê Jean-Talon... flores, lindas flores!

Circuito Gilles Villeneuve

A bela curva de Felipe Massa e sua Ferrari vermelha!

Ferrari...

Fim da corrida, como pessoas normais!

STOP em francês!

Relógio Floral

sábado, 7 de junho de 2008

Trilha Sonora

Minha vida canadense tem uma trilha sonora muito particular! Resvolvi compartilhar...

A primeira não tinha como não ser essa... Walk by Faith de Jeremy Camp! Apenas nesse lado do mundo aprendi o que é ter fé realmente. Confesso que às vezes não é nada fácil. Vou levando a vida, caminhando pela fé!




Confira o vídeo!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Feels like 40...

Calor! Essa é a palavra do dia!!! Nunca desejei tanto uma piscina bem gelada, ou uma água de côco na beira da praia... nunca quis tanto dar um megulho no mar, mesmo com todo aquele sal que me incomoda!!! Esse é o calor dessa cidade, um calor quase que insuportável! Me espantei hoje ao sentir a umidade na pele. No meu fantástico mundo de Bob imaginei a terra soprando, deixando escapar algo parecido com um grande "bafo", algo quente vindo do chão acompanhado por um vento que não faz nem cosquinha, apenas despenteia.

Esse clima tornou tudo mais cansativo. Entre um exercício e outro no trabalho, uma paradinha para tomar água e secar o suor, eu parecia derreter! Me disseram que isso é só o começo, mas a mesma estrutura que a cidade tem pra suportar os muitos graus negativos também tem para aliviar a alta temperatura. Os brasileiros iam amar pegar o busão de volta pra casa depois de um dia de calor e se refrescar com um bom ar condicionado!!! Exatamente, o que antes funcionava como aquecedor é, no verão, ar condicionado... e com isso nem dá vontade de sair do bus e encarar denovo a rua quente.

Bem, ao contrário do inverno onde as pessoas se "capotavam" de casacos e cachecóis, agora elas usam menos roupa possível. Se vê de tudo, aliás, não se vê quase nada, apenas uns pedaços de pano. Shorts bem curtos e camisetas, essa é a moda aderida por todos, literalmente, tendo corpo ou não pra usar coisas cavadas e decotadas! Eu até entrei na onda das botas, gorros e luvas... agora esse lance ai de andar de mini-saia pela rua nem vai rolar. Pra tentar suportar o clima estou aos poucos adequando meu guarda-roupa com umas camisetas leves e finas, bermudas, etc.

Uma amiga me alertou sobre os cuidados com o sol na pele, usar protetor solar todo dia vai se tornar algo quase que obrigatório, afinal, mesmo querendo e precisando pegar uma corzinha e um bom bronzeado, não há pele que suporte os 30 graus das 11 horas da manhã. E sabe o que mais? São 30 graus, mas a previsão disse que a sensação térmica é de algo em torno de 40! E olha que nem estamos ainda no forte do verão, pode?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Considerações a respeito do tempo vivido - II

Não sei dizer porque a palavrinha TEMPO me chama sempre muita atenção. O tal tempo que não se temporaliza, o tal tempo que cura e mata, o tal tempo imensurável e tão exatamente contado. Anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos, milésimos de segundos... por aí vai a tal contagem!

O tempo que tenho vivido tem sido aquele onde não existe tempo, onde o tempo voa, onde o tempo pára no tempo. Algumas decisões tomadas há precisos 5 meses sobre o tempo futuro são agora os acontecimentos do presente, e isso traz uma sensação estranha! Me lembro bem como parecia existir um grande tempo pela frente até os dias de hoje... tenho agora em minhas mãos novas decisões para um futuro que parece distante, talvez coisas para os próximos 5 meses. Eu sei, não parece muito, mas são aproximadamente 150 dias e algumas mil horas.

Esse tal de Tempo... um sujeito? Um objeto? Um inimigo? Um aliado? Um médico? Um amigo? Um assassino? Um substantivo? Estou ficando assustada, ele não mostra quem é e nem a quê veio... Há única coisa que sei é que ele passa e faz barulho!