terça-feira, 16 de outubro de 2007

Falando de Psy: O que pode ser a Psicologia?

Hoje inauguro uma sessão de posts semanais sobre Psy. A cada semana vou tentar falar um pouquinho sobre o mundo enigmático que envolve a Psicologia! Nada melhor do que começar com conceitos, nada melhor do que dizer o que ela é!

O termo Psicologia vem do grego psique que quer dizer alma e logos que significa razão ou estudo. Assim, podemos imaginar se tratar do estudo da alma. Porém a Psicologia não é a ciência da alma, mas a ciência do comportamento e da experiência do homem. Mas o que vem a ser isso tudo? De início recorri ao meu inseparável dicionário a fim de tratar a coisa de forma mais teórica, tal qual encontrei:

Psicologia é a ciência que, partindo da observação dos fatos psíquicos, determina as suas causas e as suas leis.

Não me satisfazendo voltei aos meus livros e milhões de pastas e textos de tempo de faculdade. Felizmente encontrei muitas coisas! De forma geral, Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Melhor dizendo, estuda o que motiva o comportamento do homem, o que o sustenta e o finaliza, englobando processos tais como sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência, memória, entre outros. Portanto, seu principal objeto de estudo é o sujeito e seu comportamento.

Bem, isso é o que a teoria diz, mas ela vai além. Quero expor o que a prática ensina, apesar da minha pouca experiência. Não basta apenas estudar cinco árduos e longos anos numa faculdade, ouvir falar de teorias mil, percorrer por idéias um tanto quanto abstratas e ler... ler muito! Não, isso não basta! Por isso vai além. Afinal, estamos lidando com gente e, aos amantes dessa arte, sinto informar que esses são os seres mais complexos e confusos que conhecemos.

Sim, não há dúvidas de que realmente estamos falando de uma arte - a arte de atender o paciente. Como na pintura de um quadro, percebemos beleza nas escolhas, alguns traços abstratos, cores na tentativa de concretude e criatividade às vezes explorada. Como em uma literatura, vemos rabiscos não entendidos, expressões novas e velhas, palavras bem colocadas e outras não tão bem assim. Como em uma escultura, nos deparamos com contornos fortes e frágeis, perfis dos mais românticos aos mais assustados ou assustadores e intenções desconhecidas. Enfim, atender o paciente nos faz entrar numa galeria que explora música, canto, leitura e cor. Uma galeria tão imensa e rica que é capaz de fazer crescer não só olhos e coração, mas esbanjar conhecimento e graça na prática profissional.

Eis uma prática sublime, mas crucial. Durante a formação fazemos estágios, mas nenhum deles se compara com a responsabilidade que temos ao receber o sonhado canudo, afinal nos formamos psicólogos e todos nos olham procurando uma resposta. O que eles não sabem é que continuamos aprendendo, estamos sempre ruminando idéias e floreando verdades. Só não podemos entrar no tal delírio de interpretação e interpretar que podemos e somos capazes de interpretar tudo, até porque não estudamos tanto para simplesmente interpretar. Quanta interpretação!!!

Bem, para finalizar essa análise vai ai um trecho de uma boa leitura já citada e recomendada em posts anteriores. Isso resume bem a mensagem que gostaria de deixar...

Os que exercem Psicologia devem ser pessoas apaixonadas pela vida e, acima de tudo, devem desenvolver habilidades para descobrir os tesouros soterrados nos escombros dos que sofrem. O mapa desse tesouro não está em nossas teorias, mas nos comportamentos expressos sutilmente pelos próprios pacientes ou clientes. Deixem-se ser ensinados por eles. Jamais se esqueçam de que nós não tratamos de doentes por não sermos doentes, mas porque sabemos que somos...

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