quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quando Nietzsche Chorou

Há alguns dias vi esse filme, hoje resolvi falar dele aqui!

O romance do psiquiatra e neurologista americano Irvin Yalon, Quando Nietzsche Chorou, best-seller em pelo menos 13 países, chegou na telinha. O filme homônimo conta a história de fictícios encontros entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e Josef Breuer, um dos pais da psicanálise. Lou Salomé, por quem o filósofo era apaixonado e teve um pedido de casamento negado, procura Breuer pedindo que trate a doença de Nietzsche que, então, lhe enviava cartas demonstrando um instinto suicida.


Como Nietzsche não quer ser ajudado porque seus livros não são reconhecidos e, portanto, não tem dinheiro para pagar o tratamento, os dois fazem um trato. Com ajuda de seu estagiário, o psicanalista Sigmund Freud, Josef tenta ajudar e ser ajudado por Nietzsche e utiliza a "terapia através da fala". A ação se passa no verão de 1882, quando Freud tinha apenas 27 anos e ainda estava para entrar no campo da psiquiatria.

Ao aceitar relutante a tarefa, o eminente médico realiza uma grande descoberta: somente encarando seus próprios demônios internos poderá começar a ajudar seu paciente. O tratamento vira uma verdadeira aula de psicanálise, onde os dois voltaram para si próprios, em um difícil processo de autoconhecimento. Assim, dois homens brilhantes e enigmáticos mergulham nas profundezas de suas próprias obsessões românticas e descobrem o poder redentor da amizade e do amor.

Todos os personagens do filme são reais: Nietzsche, Breuer, Lou Salomé, Freud, Matilda Altmann (esposa de Breuer) e Anna O. (codinome dado a Bertha Pappenheim, paciente de Breuer, por quem o médico se apaixona). A ficção fica por conta do pedido de Lou Salomé e dos encontros “para tratamento” entre Breuer e Nietzsche. Os estudos sobre histeria, a utilização de hipnose e o drama pessoal do envolvimento de Breuer com Anna O. são reais, assim como tudo que sai da boca de Nietzsche.

O filme apresenta uma história dramática, com a qual podemos conhecer um pouco mais sobre psicanálise. Com pensamentos e frases quase que de efeito o filme me levou a racionalizar a capacidade humana de amar, além de expor questionamentos cabíveis a qualquer homem. Subestimamos o poder da fala e não temos noção da cura que ela pode proporcionar ao “doente”. No filme, sua importância é tão real que as palavras tão bem colocadas, tanto de Breuer como de Nietzsche, funcionaram como alento e trouxeram a sensação de uma capacidade intelectual mais apurada, visto terem deixado ensinamento.

O meu próximo passo é fazer a leitura do livro!

Livro e Filme

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