sábado, 17 de maio de 2008

Conhecendo o Hospital

O sábado amanheceu diferente, já com ar de cansaço, afinal teria que ir trabalhar. De casa ao trabalho à pé são apenas uns 15 a 20 minutos se eu passar pela ponte em construção há 2 quarteirões daqui que dá exatamente na rua do prédio, mas não posso fazer esse caminho e por isso tenho que andar mais indo até o ponto, pegando o bus e caminhando mais do terminal até o prédio. Resolvi arriscar e passar pela ponte, o que já tinha feito uma vez voltando de tarde quando não tinha mais ninguém na obra. Enfim, percorrendo os trilhos da construção cheguei ao trabalho pouco mais das 7 da manhã e lá fiquei até quase 2 da tarde. Já havia combinado de encontrar uma amiga na parte da tarde. Depois de um lanche em casa, uma ajeitada na cozinha e um bom banho esperei a Nicole passar pra me buscar.

Bem, o plano era assitir filme na casa do Dayber e da Laurie já que ele, operado, não podia sair. Minha surpresa foi ver tudo sendo mudado. Ao chegarmos lá vimos que ele não estava muito bem e a febre indicava que ele deveria voltar ao hospital depois de ter passado por uma cirurgia de apendicite. Lá fomos nós... Eu não podia ajudar muito, mas fiquei por perto. Chegamos no hospital por volta de 7 da noite e a espera foi longa até que houvesse algum atendimento. Percebi que o atendimento hospitalar nesse país deixa a desejar. Fiquei pensando na luta do povo com o SUS e as longas filas para se conseguir uma consulta, lembrei dos hospitais cheios, dos postos de saúde sem médicos e do caos do João XVIII numa madrugada de um fim de semana. Recordei do Hospital BH onde estive algumas vezes e fui muito bem atendida. Aqui toda a saúde é pública, ou seja, eles não podem optar por um serviço particular e melhor, como geralmente alguns fazem no Brasil. Me disseram que o custo de saúde por essas bandas é muito caro, mas o governo arca com as despesas hospitalares de todos os cidadãos. Seja como for, estava eu ali num hospital canadense vendo um casal de brasileiros imigrantes recebendo o mesmo tratamento ou até pior. Alguns atendentes não foram muito educados e por aqui eles parecem não ter nenhuma empatia com a dor dos outros, diferente dos brasileiros.

Resumindo, depois de um tempo tive que vir embora. Eles ficaram por lá, teve até barraco pra tentarem agilizar o atendimento que foi acontecer muito mais tarde, aproximadamente umas 3hs depois da entrada no hospital.

O dia terminou com um belo prato de strogonoff com batata palha americanizada na casa da Nicole e do Ronan. Depois só me restou o sono!

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